Todos nós conhecemos o código de barras, certo? Durante muito tempo, ele reinou absoluto na identificação de produtos em supermercados e lojas. Com a evolução tecnológica, um conceito muito interessante foi adaptado para esse fim: a RFID (Radio Frequency Identification), também conhecida como Identificação por Radiofrequência.

RFID é um termo genérico para as tecnologias que usam radiofrequência para troca de dados. A forma de uso mais comum é armazenar informações em um microchip que vai ser lido por receptor.

Enquanto a leitura de código de barras requer aproximação do código ao leitor com ângulo correto e necessita de um tempo de interpretação, a RFID é uma etiqueta que usa comunicação de curto alcance e pode ser lida automaticamente por sensores.

A tarefa é a mesma, mas feita com mais eficiência e maior precisão em menos tempo. E sua utilidade vai além da substituição do código de barras. Seu primeiro uso comercial, inclusive, foi em sistemas antifurto, que usavam ondas de rádio para identificar se um item havia sido pago normalmente ou roubado.

Como carrega muito mais informações que as etiquetas de código de barras, essa tecnologia pode ajudar a reduzir desperdícios, inibir roubos, controlar inventários, simplificar processos de logística, diminuir as chances de falhas humanas e até aumentar a produtividade.

Como funciona?

A ideia não é nova: ela usa o princípio dos radares da Segunda Guerra Mundial. Na época, usavam-se radares inventados em 1935 pelo físico Robert Alexander Watson-Watt. Com eles, era possível saber com antecedência de aviões que ainda estavam distantes.

O problema é que não havia como saber se esses aviões eram de aliados ou de inimigos. A Inglaterra, então, criou um transmissor e o instalou em seus aviões. Ao receberem sinais das estações de radar, transmitiam um sinal de resposta para se identificarem como aliados.

A etiqueta RFID é um transponder (transmitter-responder, um dispositivo de comunicação que recebe, amplifica e retransmite um sinal) que contém as informações a serem transmitidas. Quando recebe o sinal do transceptor (uma espécie de antena, que traduz a informação recebida) ela o reflete de volta ou envia o seu próprio sinal.

Quais são os tipos de RFID?

As etiquetas RFID podem ser passivas ou ativas.

As passivas operam sem bateria, sendo sua alimentação fornecida pelo próprio leitor por meio de ondas eletromagnéticas. Geralmente são fabricadas já com dados definidos e usadas em distâncias curtas.

Já as ativas têm um circuito com bateria interna, transmitem o sinal com maior alcance, permitem processos de escrita e leitura e têm armazenamento em memória RAM.

Normalmente, os modelos ativos custam mais caro que os passivos. Além disso, enquanto os passivos têm, teoricamente, vida útil ilimitada, os ativos têm vida útil limitada a, no máximo, 10 anos.

O que podemos esperar no futuro?

A RFID vem evoluindo constantemente e ganhando poder de alcance bem como avançando na miniaturização. Além disso, os preços estão mais competitivos e o poder de fornecimento de energia vem aumentando.

Muitos sistemas de gerenciamento de produtos usam código de barras, mas, na automação industrial, essa tecnologia não é suficientemente confiável. A RFID melhora a eficiência dos processos, permite guardar informações e até implantar um mecanismo de segurança que proteja esses dados.

Conheça alguns exemplos:

A indústria de semicondutores usa salas assépticas para a produção de seus chips. Além de eliminar a necessidade de manipulação humana na coleta de dados, a RFID permite melhorar o controle, incrementar a qualidade, e ainda aumentar a eficiência dos operadores e o uso dos equipamentos.

O sistema verifica lote, equipamento, recipiente e operador. Caso o processo padrão não esteja sendo seguido, um aviso é emitido. Em seguida, o equipamento para e só volta à operação quando houver um sinal de normalidade. Antes de usar RFID, o processo era manual e usava códigos de barras, leitores e teclados.

Há empresas que usam a tecnologia para identificar ferramentas e facilitar seu processo de manutenção, substituição e administração. Outro segmento que pode se beneficiar da RFID é a indústria química, que teria mais segurança na identificação de recipientes, embalagens e garrafas, evitando erros e danos.

Uma das aplicações onde o uso do RFID é recomendado é o controle de estoque, onde podemos destacar benefícios como: redução de custos e aumento de produtividade, otimização do desempenho financeiro, tomada de decisão facilitada e melhoria da imagem da empresa.

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